O processo de (Des)reterritorialização de “flanelinhas” no município de Maringá-PR

A partir de um novo olhar frente ao trabalho informal no Brasil, objetivamos com este artigo compreender os modos pelos quais guardadores autônomos de veículos, denominados “flanelinhas”, territorializam seu espaço de atuação em sentido físico e simbólico. Tal territorialização é permeada por uma série de mecanismos institucionais nas esferas da União e Município que produzem um trabalho que se tece entre a informalidade e a ilegalidade, ocasião que se edifica um problema público. Para tanto, nos apoiamos na metodologia do construcionismo social para coproduzir narrativas que captem o modo como essa atividade dinâmica é praticada no cotidiano dos guardadores de Maringá-PR. Pudemos concluir que estes trabalhadores se apoiam em instituições legitimadas (supermercados, lojas físicas) que cercam seu espaço de trabalho para territorializar sua prática enquanto parte do comércio local, visto que, apesar de constituírem uma profissão regulamentada por lei, não há no município formalização de registro da atividade